O que Dale Carnegie tem a dizer sobre diversidade no local de trabalho moderno?

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O que Dale Carnegie tem a dizer sobre diversidade no local de trabalho moderno?

  • A construção da diversidade no local de trabalho pode beneficiar as empresas e a sociedade, mas a verdadeira diversidade só pode ser alcançada através da criação de um ambiente autenticamente inclusivo.
  • A inclusão exige um desenvolvimento da nossa autoconfiança, que tenhamos um interesse genuíno pelos outros, que tomemos consciência das nossas diferenças e que aprendamos as competências culturais necessárias para sustentar a mudança externa.
  • Os princípios de Dale Carnegie contêm sabedoria atemporal e apelo universal porque nos ensinam a mentalidade e as habilidades que levam a uma maior simpatia, cooperação e respeito dentro de uma força de trabalho diversificada.

Dale Carnegie pode não ter vivido para ver esse últimos anos, mas seus princípios se aplicam ao nosso mundo hoje mais do que nunca. A luta pela justiça racial, por exemplo, colocou um foco renovado na inclusão e diversidade, particularmente no local de trabalho. Criar um espaço onde pessoas diversas prosperem juntas está no cerne dos ensinamentos de Dale Carnegie.

Em Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, Dale Carnegie explica que há “um requisito indispensável, um essencial infinitamente mais importante do que qualquer regra ou técnica… um desejo profundo e motivador de aprender, uma determinação vigorosa para aumentar sua capacidade de lidar com as pessoas”. Devemos ter esse desejo de aprender e mudar antes que possamos começar a imaginar e dar passos em direção a uma força de trabalho e sociedade diversificadas.

Diversidade como resultado empresarial

Construir uma equipe diversificada dentro de uma empresa — seja diversidade de idade, gênero, raça, orientação, habilidades, religião, formação educacional ou qualquer outro fator — é fundamental para o sucesso.

Em um estudo sobre diversidade no local de trabalho, a McKinsey & Company descobriu que “as empresas no quartil superior de diversidade racial e étnica têm 35% mais probabilidade de ter retornos financeiros acima das respectivas medianas da indústria nacional”. The Harvard Business Review cita pesquisas mostrando como equipes diversificadas confiam mais em fatos e aplicam mais inovação às soluções, tornando-as mais inteligentes, mais eficientes e mais precisas do que equipes não diversificadas.

Mas a diversidade não é apenas sobre o resultado final. Um local de trabalho que celebra a diversidade é aquele em que os membros da equipe são reconhecidos, onde as ideias de cada indivíduo são ouvidas e onde uma cultura de respeito e comunicação aberta é mantida. Em um estudo publicado na Psychology Today, os colaboradores viram melhorias notáveis em oito aspectos de seu bem-estar geral — incluindo felicidade, saúde física e sentimentos de propósito — à medida que participavam ativamente do treinamento de Diversidade e Inclusão. Mas a diversidade só pode fornecer esses benefícios quando é sustentada pelo método de inclusão.

Inclusão como Método

Simplesmente montar uma equipe diversa não significa que a diversidade existe magicamente. A diversidade não pode ser forçada ou fabricada; ela deve ser aprendida e praticada até que permeie nossa própria cultura. Esta não é uma solução única e pronta, nem pode ser alcançada pelos esforços de apenas alguns. A inclusão existe apenas enquanto cada membro da equipe trabalha para isso diariamente.

As técnicas que levam à inclusão parecem simples, mas produzem resultados revolucionários, tanto nos próprios indivíduos quanto nas empresas para as quais trazem essas habilidades. De acordo com outro estudo da McKinsey & Company, quase três quartos dos colaboradores que relataram se sentir incluídos no trabalho também relataram que se sentiam totalmente engajados dentro de sua empresa. Isso se traduz em melhor produtividade e maior retenção de colaboradores.

Os princípios de Dale Carnegie nos guiam pelas mudanças necessárias em nossas atitudes e comportamentos. Começa com uma combinação de autoconfiança aumentada e interesse genuíno pelos outros. Isso nos abre para aprender as habilidades culturais necessárias para resistir a hábitos e práticas que promovem desigualdade e exclusão.

O caminho para a diversidade e inclusão no local de trabalho

  1. A mudança começa dentro

Para que qualquer mudança externa no local de trabalho ocorra, precisamos primeiro fazer a escolha interna de buscar resolutamente essa mudança. Ser uma parte ativa de um ambiente inclusivo significa primeiro entender e ter confiança em nós mesmos. Precisamos refletir sobre nossas experiências e ver nossos preconceitos inconscientes, nossas lutas e nossos privilégios com uma avaliação honesta. Com um interesse renovado e conhecimento de nós mesmos, agora podemos abordar situações que podem ser desconfortáveis. A autoconfiança nos permite navegar nessas conversas difíceis com a mente aberta.

O próximo passo é se interessar genuinamente pelos outros, que é o quarto princípio de Dale Carnegie para se tornar uma pessoa mais amigável. Em Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, ele diz: “Você pode fazer mais amigos em dois meses se interessando por outras pessoas do que em dois anos tentando fazer com que outras pessoas se interessem por você.” Como vivemos isso?

Ao implementar continuamente outros princípios de Dale Carnegie, incluindo se tornar um bom ouvinte ao encorajar os outros a falar sobre si mesmos. Dentro de um ambiente inclusivo, cada pessoa se sente confortável expressando seus pensamentos e sentimentos, que são moldados por sua origem diversa. Quanto mais nos envolvemos com os outros e nos interessamos por eles, mais acabaremos querendo aprender.

A inclusão não pode existir se não tivermos um interesse genuíno na cultura e nas experiências dos outros. O reconhecimento de colegas de equipe e colaboradores como bons trabalhadores e indivíduos diversos é uma das maneiras mais fortes de aumentar o engajamento, a lealdade à empresa e a moral do escritório. Não podemos celebrar a diversidade se nunca fizermos conexões genuínas com os outros, e não podemos fazer conexões genuínas sem uma mentalidade de interesse genuíno.

  1. A inclusão requer consciência cultural e competência cultural

Escolher mudar é apenas metade da equação. Adquirir as habilidades necessárias para colocar a mudança em ação é a outra metade. Isso significa estender nossa consciência cultural, que é a maneira e a frequência com que reconhecemos e refletimos sobre nossas diferenças culturais. Estar culturalmente consciente nos permite relacionar e gerenciar efetivamente colegas de trabalho e colaboradores.

Por meio de nossas interações contínuas, começamos a entender os valores uns dos outros e a ver as lutas uns dos outros. Reconhecer as diferenças e os pontos fortes entre os colaboradores cria então uma atitude e um ambiente de respeito que fornece segurança psicológica para cada membro da equipe. Tornamo-nos mais competentes em entender como a diversidade afeta todos os aspectos de nossas vidas.

Com a consciência cultural, desenvolvemos uma atitude de respeito e inclusão. Agora, é hora de colocar nossas habilidades culturais para funcionar e transformar nossas intenções em ações. Tornar-se culturalmente competente significa adquirir as habilidades necessárias para liderar mudanças em direção à inclusão dentro de uma equipe de colaboradores diversos. Essas competências podem ser facilmente aprendidas e praticadas por meio dos princípios de Dale Carnegie.

Navegar com sucesso pelas diferenças culturais no local de trabalho significa aprender a discordar agradavelmente para resolver conflitos, melhorar relacionamentos para criar um ambiente de confiança e responsabilizar a nós mesmos e aos outros por ações ou palavras negativas. Essas habilidades importantes permitem que gerentes e colaboradores interajam respeitosamente enquanto honram as diferenças.

A inclusão genuína leva à diversidade

Ser diverso é simplesmente um estado de ser humano. Devemos nos conhecer, ter interesse genuíno pelos outros, nos tornarmos conscientes de nossas diferenças e desenvolver as habilidades necessárias para criar um ambiente inclusivo. Isso não beneficia apenas as empresas, mas seus efeitos se espalham pelo mundo, aumentando a diversidade por meio da inclusão em todos os níveis da sociedade.

Foi isso que Dale Carnegie ensinou desde o início do primeiro Curso Dale Carnegie em 1912. Ele entendeu a importância de uma mente e um coração abertos na celebração da diversidade, e seu legado continua nos programas Dale Carnegie oferecidos em todo o mundo hoje.

Marcos Marone

Mark Marone, PhD. é o diretor de pesquisa e liderança de pensamento da Dale Carnegie and Associates, onde é responsável por pesquisas contínuas sobre questões atuais enfrentadas por líderes, colaboradores e organizações em todo o mundo. Ele publica frequentemente sobre vários tópicos, incluindo liderança, experiência do colaborador/cliente e vendas. Mark pode ser contatado [email protected].

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